SÍMBOLOS QUE ANTECEDEM!
A necessidade de representação
de símbolos e signos, esta presente na vida dos seres vivos desde muito jovens.
Antes mesmo da própria linguagem, no caso, o animal humano, começa a buscar maneira
de interpretar o mundo ao seu entorno. “A aquisição da linguagem está
subordinada ao exercício de uma função simbólica a qual tanto se afirma no desenvolvimento
da imitação e do jogo quanto no dos mecanismos verbais. (Piaget, 1975, p.10)
Tal situação flui normalmente,
porém sem um estágio exato, dentro do desenvolvimento mental da criança, conforme
prega Dorin (1981, p.81) quando diz que “no
desenvolvimento mental não existe estágios bem marcados, mas, de modo geral,
ele caminha no sentido das preocupações com o concreto e imediato para o
abstrato e mediato. No entanto, o indivíduo pode mostrar um pensamento “maturo”
através das operações que exigem o uso de palavras e revelar em seus desenhos
baixa capacidade para abstração.”
Começamos a perceber e a
compreender as “coisas” mesmo antes da fala, embora não saibamos, ainda, em
certo etapa o que significa, pois a ideia do significado vem juntamente com a
ideia de pensamento e fala, ou seja, podemos definir significado como a soma do
pensamento mais a fala de forma conjunta (Vigotski, 1998). Então podemos dizer
que a assimilação e a acomodação mentais é que caracterizam o início da
representação.
Para Piaget (1975, p.11/12) “a
representação começa quando há, simultaneamente diferenciação e coordenação entre
significantes e significados, ou ora os primeiros significantes diferenciados fornecidos
pela imitação e os seus derivados, a imagem mental, as quais prolongam a acomodação
aos objetos exteriores”. Ou seja, tocando naquilo que está em seu entorno,
vendo, ouvindo e assimilando. Ele diz ainda que, “quanto às próprias
significações elas são fornecidas pela assimilação que predomina no jogo e equilibra-se
com a acomodação na representação adaptada.”. O que determinado, objeto,
por exemplo, significa, o que ele representa, de acordo com a realidade em que
se encontre um mesmo objeto pode significar e/ou representar vários significados,
e a criança vai “aprendendo” dentro da sua realidade, inicialmente.
Onde “depois de dissociarem
progressivamente, no plano sensório-motor, e de se desenvolverem ao ponto de
poderem ultrapassar o presente imediato, a assimilação e a acomodação apoiam-se,
pois, uma na outra numa conjunção final que se tornou necessária por causa
dessa mesma ultrapassagem; é essa conjunção entre a imitação efetiva ou mental,
de um modelo ausente, e as significações fornecidas pelas diversas forma de
assimilação, que permite a constituição da função simbólica. É então que a aquisição
de linguagem, ou sistema de signos coletivos torna-se possível e que graças ao conjunto
de símbolos individuais como desses signos, os esquemas sensório-motores acabam
por transformar-se em conceitos ou por desdobramentos em novos conceitos.”.
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