O MÉTODO POR DESCARTES!

As Quatro Regras do Método


Recomendou ele, que qualquer pessoa dotada de bom senso, ao invés de preocupar-se em acumular o conhecimentos sobre uma infinidade de leis e regras, cujo excesso conduz ao vício, tentasse seguir as quatro regras que ele elaborara para si e que pareciam servir muito bem aos seus propósitos, desde que "rigorosamente observadas":
1 - jamais aceitar como exata coisa alguma que não se conheça à evidência como tal, evitando a precipitação e a precaução, só fazendo o espírito aceitar aquilo, claro e distinto, sobre o que não pairam dúvidas.
2 - dividir cada dificuldade a ser examinada em quantas partes for possível e necessária para resolvê-la.
3 - pôr em ordem os pensamentos, começando pelos mais simples e mais fáceis de serem conhecidos, para atingir, aos poucos, os mais complexos. 
4 - fazer, para cada caso, uma enumeração tão exata e uma revisão tão ampla e geral para ter-se a certeza de não ter esquecido ou omitido algo.
Com tal método - extraído segundo Descartes, das práticas dos geômetras que sempre partiam das coisas singelas para atingir as mais complicadas - nada existirá de tão distante "que não será alcançado, nem tão escondido que não seja descoberto". Graças a essa técnica racional que age de maneira independente, conseguiu ele a autonomia da razão, libertando-a das amarras religiosas. Fornecia também a todas as ciências então emergentes um padrão epistemológico a ser seguido por elas.


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